In the presentation of its program, the PCdoB emphasizes that "the great crisis of capitalism of the current era - along with the risks and damages - reveals a historical period opportune for Brazil to reach a new civilizational level that structurally solves its contradictions. This new step is renewed socialism, with a Brazilian face".
This reflection on the socialist program of the PCdoB should gain momentum in the celebrations of May 1st, International Workers' Day. The date is historically linked to the struggle for the reduction of working hours, a strategic banner against capitalist exploitation.
A brief historical retrospective reinforces this connection between May 1st and the struggle for socialism. Let's start with the 19th century. In February 1848, Karl Marx and Friedrich Engels launch the Communist Party Manifesto, a true programmatic letter defending socialism. In March 1871, French workers, as Marx said, "take heaven by storm" and conquer the Commune of Paris. In May 1886, in Chicago, USA, four workers are hanged in retaliation for a powerful strike in defense of the reduction of working hours. This event, as we know, originated the celebrations of May 1st.
To compare, the above facts coincide with the maintenance of slave labor in Brazil. Only at the end of the 19th century, the country ended slavery, proclaimed the Republic, and began the transition to capitalism. But the Republic inherited much of the conservatism of the slavery period, and the "social question," as the last president of the Old Republic said, "was a police matter".
In the First Republic, most of the population was rural. Agrarian economy predominated in Brazil. With this, the process of industrialization of the country and the constitution of the working class were late. Even so, in 1892, in Porto Alegre, Brazil already holds its inaugural May 1st act.
In the final phase of the 19th century and the beginning of the 20th century, the arrival of European immigrants to Brazil begins, many of whom with anarchist ideas. These immigrants boost the Brazilian labor movement and lead the organization of the Brazilian Workers' Confederation - COB - and the general strike of 1917. In the same period, the tenentista movement arises, and the Week of Modern Art is held. In Russia, the socialist revolution erupts. In this environment of turmoil, the Communist Party of Brazil is founded on March 25, 1922.
The umbilical relationship of the Party with the labor movement comes from birth. Of the nine delegates who participated in the founding congress of the Communist Party, eight were workers, and one was an intellectual. Since then, in its hundred-year journey, the Party has always raised high the banner of defending workers' rights, democracy, national sovereignty, and socialism.
Throughout the twentieth century, the Party, despite being mostly illegal, was always present in the country's political struggles. It went through the national-developmentism of the 1930s Revolution, the redemocratization of the country in the post-war period, the division in the communist movement, and faced the twenty-one years of military regime.
Currently, completing 38 consecutive years of legality, the longest in its history, the Party reaffirms its programmatic commitments and calls on its militants to participate in the mobilization of the unitary acts of May 1st convened by the Forum of Trade Union Centers. In these acts, the Party will defend a new national project of sovereign, democratic development, with social justice and appreciation of work.
In this direction, the Party is supportive and supports the trade union center's agenda that seeks to rescue labor and social security rights that suffered regressive reforms in the last two governments. Similarly, it joins the struggle for the valorization of the minimum wage, the strengthening of trade union organization, the reindustrialization of the country, the creation of quality jobs, the defense of public companies, and the lowering of abusive interest rates that make the country's economic growth unfeasible.
It is with this spirit and these proposals that the PCdoB greets workers on their International Day of struggle and expresses its opinion that, in the current situation of the country, it is essential to maintain and strengthen the broadest unity to isolate and defeat the extreme right, ensure the success of Lula's government, and the application of its program of national reconstruction and transformation.
Nivaldo Santana is National Trade Union Secretary of the PCdoB
Book Club Status: TBD Created time: May 3, 2023 9:55 PM Link: https://pcdob.org.br/noticias/1o-de-maio-classista-e-a-luta-pelo-socialismo/
Na apresentação do seu programa, o PCdoB enfatiza que “a grande crise do capitalismo da época atual – a par dos riscos e dos danos – descortina um período histórico oportuno para o Brasil atingir um novo patamar civilizacional que solucione estruturalmente as suas contradições. Este novo passo é o socialismo renovado, com feição brasileira”.
Essa reflexão sobre o programa socialista do PCdoB deve ganhar impulso nas celebrações do 1º. de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. A data historicamente é vinculada com a luta pela redução da jornada de trabalho, uma bandeira estratégica contra a exploração capitalista.
Uma breve retrospectiva histórica reforça essa ligação do 1º. de Maio com a luta pelo socialismo. Comecemos pelo Século XIX. Em fevereiro de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam o Manifesto do Partido Comunista, verdadeira carta-programa de defesa do socialismo. Em março de 1871, operários franceses, como disse Marx, “tomam o céu de assalto” e conquistam a Comuna de Paris. Em maio de 1886, em Chicago, nos EUA, quatro operários são enforcados em represália a uma poderosa greve em defesa da redução da jornada de trabalho. Este evento, como se sabe, originou as celebrações do 1º. de Maio.
Para comparar, os fatos acima coincidem com a manutenção, no Brasil, do trabalho escravo. Só no fim do século XIX o país termina a escravidão, proclama a República e inicia a transição para o capitalismo. Mas a República herda muito do conservadorismo do período da escravidão e a “questão social”, como disse o último presidente da República Velha, “era caso de polícia”.
Na primeira República a maior parte da população era rural. Predominava no Brasil a economia agrária. Com isso, o processo de industrialização do país e de constituição da classe operária foram tardios. Mesmo assim, no ano de 1892, em Porto Alegre, o Brasil já realiza o seu ato inaugural do 1º. de Maio.
Na fase final do século XIX e início do século XX, começa a chegada de imigrantes europeus ao Brasil, boa parte dos quais com ideias anarquistas. Esses imigrantes impulsionam o movimento operário brasileiro e lideram a organização da Confederação Operária Brasileira – a COB – e a greve geral de 1917. No mesmo período, surge o movimento tenentista e é realizada a Semana da Arte Moderna. Na Rússia, eclode a revolução socialista. Neste ambiente de ebulição é fundado o Partido Comunista do Brasil, em 25 de março de 1922.
A relação umbilical do Partido com o movimento operário vem desde o berço. Dos nove delegados que participaram do congresso de fundação do Partido Comunista, oito eram trabalhadores e um intelectual. Desde então, em sua centenária trajetória, o Partido sempre ergueu bem alto a bandeira de defesa dos direitos dos trabalhadores, da democracia, da soberania nacional e do socialismo.
Durante todo o século XX, o Partido, apesar de estar a maior parte do tempo na ilegalidade, sempre se fez presente nas lutas políticas do país. Passou pelo nacional-desenvolvimentismo da Revolução de 30, a redemocratização do país no período pós-guerra, a divisão no movimento comunista e enfrentou os vinte e um anos de regime militar.
Na atualidade, ao completar 38 anos seguidos de legalidade, o maior de sua história, o Partido reafirma seus compromissos programáticos e conclama seus militantes a participarem da mobilização dos atos unitários do 1º. de Maio convocado pelo Fórum das Centrais Sindicais. Nesses atos, o Partido defenderá um novo projeto nacional de desenvolvimento soberano, democrático, com justiça social e valorização do trabalho.
Nesse rumo, o Partido é solidário e apoia a pauta das centrais sindicais que busca resgatar direitos trabalhista e previdenciário que sofreram reformas regressivas nos dois últimos governos. Igualmente, se soma à luta pela valorização do salário mínimo, pelo fortalecimento da organização sindical, pela reindustrialização do país, criação de empregos de qualidade, defesa das empresas públicas e rebaixamento das taxas de juros abusivas que inviabilizam o crescimento econômico do país.
É com este espírito e estas propostas que o PCdoB saúda os trabalhadores e trabalhadoras no seu Dia Internacional de luta e expressa sua opinião de que, na presente quadra do país, é essencial manter e fortalecer a mais ampla unidade para isolar e derrotar a extrema-direita, garantir o êxito do governo Lula e a aplicação de seu programa de reconstrução e transformação nacional.
Nivaldo Santana é Secretário Sindical Nacional do PCdoB